Dica de livro – “A Parte que Falta” – Shel Silverstein

Sei que este é um blog sobre bike e estilo de vida, mas é impossível não negar minha paixão pela psicanálise, a qual tanto ajudou a me ‘guiar’ nesta minha constante busca pelo meu próprio estilo de vida. Por isso, hoje venho aqui compartilhar uma dica de livro super bacana, que foi relançado pela Companhia das Letrinhas para o público infantil, mas seu tema (superinteressante) acabou sendo bastante abordado pelos psicólogos e psicanalistas.

“A Parte que Falta” conta a história de um ser circular que visivelmente não está completo, pois falta-lhe uma parte. E ele acredita que existe pelo mundo uma forma que vai completá-lo perfeitamente e que, quando estiver completo, vai se sentir feliz ‘de verdade’. Então, ele parte animado em uma jornada em busca de sua parte que falta. Mas, ao explorar o mundo, percebe que a verdadeira felicidade não está no outro, mas dentro de si mesmo.

Para os curiosos e interessados, segue abaixo o vídeo do livro na íntegra, comentado pela youtuber Jout Jout:

Analisando mais profundamente, chegamos ao seguinte ponto: se a cada momento vai faltar algo, o que fazer perante esta falta? Nós, seres humanos, estamos constantemente insatisfeitos com alguma coisa e, na maioria das vezes, também “à procura de um milagre” para tapar este buraco.

Porém, quando estamos completamente satisfeitos com tudo, não fazemos nada para mudar, tampouco temos ENTUSIASMO para seguir em frente. Daí, visualizamos os famosos ‘acomodados’. Sem iniciativas, sem queixas, mas também sem DESEJOS.

Ou seja, existe SIM a possibilidade da falta (e desta insatisfação) ser revertida como um ponto POSITIVO. Pois, se a conduzirmos de forma diferente, podemos nos reinventar, em busca do nosso próprio caminho, caminho este que é singular e único para cada ser humano. Sem trajetos pré-definidos.

Mas, se mesmo assim você sentiu que ainda está faltando algo neste livro, é porque ele tem uma continuação chamada “A Parte que falta encontra o grande O“,o qual você pode conferir aqui abaixo. O vídeo está em espanhol, mas dá para entender perfeitamente. Nesta história, podemos refletir com a parte que falta sobre como podemos nos transformar e nos reinventar. Afinal, será que não podemos “rolar” por nós mesmos em nossas jornadas?